A voz às mulheres e homens do futuro

Aqui fica a minha congratulação pelo civismo, organização e dinâmica que os alunos da minha escola revelaram na sua inequívoca tomada de posição sobre a violência.

Registos noticiosos:


Alunos fecham escola em protesto contra insegurança
Os alunos de uma escola na Amadora fecharam as portas a cadeado em protesto contra a falta de segurança. O conselho executivo garante não ter registos de violência, mas os pais falam num esfaqueamento recente.
SIC

29 Outubro 2008 - 00h30 Correio da Manhã
Educação: Escola Secundária Mães d’Água na Falagueira, Amadora
Alunos em greve contra a violência
Os alunos da Escola Secundária Mães D’água, na Falagueira, Amadora, fizeram ontem greve às aulas, em protesto contra casos de violência que se vêm sucedendo, exigindo reforço de policiamento e mais funcionários. A gota-d’água foi o esfaqueamento de um aluno à porta da escola há uma semana.
Todos responsabilizam moradores da Quinta da Laje e Casal do Silva, dois bairros junto à escola. "São gangs que actuam fora e dentro da escola." E dizem que a polícia nunca aparece. A presidente da Comissão Provisória, Maria João Ferreira, diz que a escola passou de 700 para 935 alunos, mas os funcionários são os mesmos 19. "Já pedimos ao Ministério da Educação mais oito", disse ao CM, frisando, porém, que "não há um problema grave de indisciplina".
Já o professor Jorge Martins diz que a presidente é "incompetente" e que se vive "um clima de impunidade". Manuel Afilhado, presidente da Junta da Falagueira, alerta: "O epicentro do crime passou da Cova da Moura para a Falagueira." O director Regional de Educação de Lisboa, José Leitão, disse ao CM que a escola será reforçada com "cinco tarefeiros".

Correio da Manhã


Reportagem da RTP a emitir hoje dia 30 de Outubro de 2008
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=370384&tema=1&pagina=&palavra=&ver=1


Flashes do protesto













Público

Alunos de escola da Amadora em greve contra insegurança
29.10.2008, Catarina Gomes
A maioria dos alunos da Escola Secundária Mães d'Água, na Amadora, fez ontem greve às aulas para protestar contra a violência e insegurança sentidas no interior e exterior da escola desde o início do ano lectivo. O protesto vem na sequência do esfaqueamento de um aluno do 9.º ano, na semana passada, à entrada do estabelecimento de ensino. Joana Filipa, uma aluna da escola, afirma que a violência e os assaltos, sobretudo para roubar telemóveis e dinheiro, são frequentes. Foi enviado na segunda-feira um abaixo-assinado, com 400 assinaturas de alunos, à Direcção Regional de Educação de Lisboa; a petição exige o aumento do número de funcionários e de policiamento, contando o caso do aluno que foi agredido com uma faca junto ao portão da escola, "tendo sido hospitalizado e intervencionado a um pulmão perfurado".
O documento refere também "variados casos de violência por parte de alunos pertencentes à comunidade escolar e, ainda, por outros intervenientes da comunidade envolvente", dando o exemplo de alunos que "são obrigados a comer relva ou a despir--se": "Os poucos funcionários do estabelecimento de ensino não conse-guem dar resposta a tantas solicitações permanentes, nem controlar actos de tamanha violência". A presidente da comissão instaladora do Agrupamento de Escolas Mães d'Água, Maria João Ferreira, confirma que a maioria dos alunos fez greve na parte da manhã: "Os que não entenderam ir às aulas tiveram faltas". Referindo-se ao aluno de 15 anos a quem foi espetada uma faca nas costas, esclarece que está em repouso em casa, depois do internamento, e voltará com apoio da psicóloga da escola. O incidente aconteceu "entre o portão e o carro da mãe, à hora do almoço", esclareceu. Maria João Ferreira diz que se tratou "de uma situação excepcional" e que a polícia já terá identificado o suspeito, mas nota que "o ambiente da escola é difícil", pois encontra-se próximo "de dois bairros problemáticos", um deles associado ao tráfico de droga. A responsável acrescenta que não há policiamento à porta, mas "dois agentes da Escola Segura vêm cá sempre que é solicitado". O que houver mais a fazer é da responsabilidade da polícia e do Ministério da Educação, frisa.